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1.
Mamíferos 01:38
Ungulados, felinos, morcegos, Elefantes, primatas, roedores, Cetáceos, sirénios, pinípedes, marsupiais, Cá estamos nós, com pêlo e sangue quente! Temos leite para as crias, p’rós vizinhos, nós mamíferos! Ó p’ró mico-leão-dourado, come flores, néctar, ovos e partilha, mas o marfim não é p’ra dar! Por isso ó caçador furtivo, Respeita os elefantes e o seu habitat! São 200, os mil anos, homo sapiens, Desde que aqui estás! Ó p’ró petauro-do-açucar, marsupial, já aqui anda há 50 milhões de anos! Por isso, se és o homem sábio, Faz da Terra o teu templo P’ra cuidar e louvar! Let’s praise the Lord!!! Lémures, galagonídeos, lorisídeos, Gorilas, macacos, chimpanzés, Louva os primatas! E o leopardo nebuloso ameaçado Devido à desflorestação! E louva o morcego orelhudo, E o jerboa de orelha longa Do deserto de Gobi! O hipopótamo, a gazela, gnus, bisontes, girafas, rinocerontes, Louva os ungulados! O boi almiscarado, e o lobo e a lebre da tundra árctica! O peixe boi e os golfinhos E a baleia jubarte Que canta p’rá nossa Mãe!
2.
Anfíbios 01:41
Vivem na terra e também na água, urodelos, cecílias e sapos, Rãs e girinos são os incríveis, grandes mestres das metamorfoses! Salamandras e tritões respiram pela pele húmida e suave, muito sensíveis às impurezas, se os vês na água, a água é saudável! Oedipina Alleni, parece uma minhoca, Mas é uma salamandra da América Latina! E o sapo boi, pouco simpático, diz que é o pac man, A rã tomate sai à noite p’ra caçar em Madagáscar, O tritão imperador é venenoso e robusto, A rã verde australiana, berra e grita se se assusta! Apenas num dia os girinos Ganham pulmões, patas e a língua com que se tornam rãs comedoras de insectos a voar sobre a água! O mexicano axalote, quando quer namorar Põe-se a dançar a valsa, dança também a hula! O tritão alpino com a cauda baila para a sua fêmea, Na floresta tropical tanto se dança e namora, No charco ou lá no alto a planar de ramo em ramo, A rã macaco, entre os dedos as abas abre, e dá um salto! Uiiii íiiiiiii .... aqui vou eu!!!
3.
Répteis 03:05
Tartaruga, dorso de diamante, eu quase extinta! Tanto lhe caçam, lhe levam o habitat! Mas ainda temos uma esperança, nós somos répteis, E vocês são as crianças p’ra mudar, As cabeças metidas na carapaça, como se terra, Fosse um caixote de lixo p’ra esquecer! P’ra cuidares da terra, da sua beleza, aprende a sentir, como é tão bom, é tão bom, viver aqui! Krokodilos, o verme das rochas e o aligator (o grande lagarto!) Crocodilo do Nilo e o jacaré, muito se regalam! E olha o lagarto de colarinho ali! No deserto mantemos a boca aberta, p’ra libertar o calor que nos vai no corpo! Ai que me sabe tão bem viver assim! E a serpente, a voadora do paraíso! Sou uma superlativa escaladora! Achatando o corpo e me lançando por entre os ramos, Tenho uma língua bífida! E eu! Sou um cágado, um cágado leopardo, vivo na savana até aos 100 anos! Unhas afiadas, um ágil caminhante, forte nadador, excelente escalador! E que dizes tu de ti, ó ser humano? Muita coisa temos de aprender, p’ra nos lembrarmos porque é que aqui estamos! Cada um, à sua maneira, há-de crescer p’ra ser tão puro como nasceu! Somos crianças no paraíso!
4.
Aves 03:32
Numa noite de verão, teve a garça uma premonição, Estavam todas as suas irmãs A dançar com pinguins e falcões! Um bailado com todas as aves, A avestruz tocava contrabaixo, Os flamingos dançavam o tango E a batuta era do albatroz! Girando o pecoço até aos 270 graus, a coruja de óculos, tão anti-social, põe os olhos na águia sem rabo, que ansiosa fica, o focinho tão vermelho, Que em palco já entra o ganso patola, p’ra dançar o flamengo! Olé!!! Rasando o palco o falcão peregrino, O mais rápido do mundo! A 389 kilómetros à hora, mergulha E dá um encontrão ao ganso, Que cai em cima do atum do mergulhão! E empoleirado, o gavião de penacho, Ri como um perdido, e em palco entram os flamingos, o beija-flor bate as asas mais de 80 vezes por segundo, Que tanto gosta do tango! E o piriquito barnardis-barnardius -barnardi-macgillivrayi E o carcará de bico aberto! Os mais rosa choque, os mais saudáveis flamingos do bando, com fintas nas longas pernas, deixam o abutre de olhos trocados, que sobe até aos 11.000 metros, chamam-lhe Rüppel, e o albatroz distraído, abre as asas e deita o palco abaixo! E no céu a esvoaçar são mil asas de alegria azul, e os bandos de estorninhos são a forma de um feliz coração! Uêlélé!!! Abre as asas p’ra voar, sonha e ama o teu Planeta Azul!
5.
Peixes 02:01
À conversa nos recifes de coral, o cardinal-de-bangai dizia ao peixe-mandarim, Diz que somos mais de 4000 espécies, Multicores, camufladas em florestas tropicais, confundimos os nossos sagazes predadores Com pincéis de Monets, Dalis, e outros que tais! Pois ouvi dizer que o peixe-remo é o mais comprido do mundo! E o corre-costa, o tubarão, pensa que beijo é mordidela, Esses cartilaginosos queriam mas é nadar p’a trás e ter uma bexiga natatória como eu! Ao escutar tal letra do zé-mandarim, o peixe-frade diz, Não sei se é bem assim! Ó compadre, você já ouviu dizer Que lá em cima nos chamam de actinopterígeos! Mas que raio de nome! Diz a raia pontuada E a lega a rir, mostrou a dentes, e tudo fugiu! E os sarcopterígeos e os ágnatos, ó prima é demais! Queriam eles ser quimeras em forma de coração! Ó prima, já ouviu dizer, que o salmonete e o salmão, Apareceram nas bodas do nosso primo tubarão! Ai, onde se foram meter! 32.000 espécies vertebradas pelos mares, São os peixes à conversa que devemos respeitar, Para proteger o equilíbrio e a vida do mar!
6.
97% do reino animal é invertebrado pois não tem corda dorsal! 540 são os milhões de anos que dão a estes seres o prémio de mais antigos! Poríferos, cefalópodes, cnidários, insectos voadores! Que nomes tão coloridos, tão curiosos, tão engraçados! A esponja-leque-laranja nas prateleiras rochosas, Porífero tão vaidoso que parece um leque japonês! A mariposa da lua simula as folhas caídas, Um insecto voador, verde clara esbeltez! O polvo-velodona-togata é um cabeça-pés! Tentáculos com ventosas sugando vão de lés a lés! 160 tem a Dália, uma anémona cor de rosa, Prima da alforreca e do coral-vaso-de-flores! 540, são os milhões de anos que dão a estes seres o prémio de mais antigos! 97% do reino animal é invertebrado pois não tem corda-dorsal!
7.
Canis lupus signatus! O lobo ibérico! Olhos acesos na fogueira do lobo! Espelhos da Lua! Grita o Lucas, ninguém faz mal ao lobo! Espelhos futuros! Trevo, o lobo sol, totem selvagem português! É salvo, é livre! Raios de luz bramam, visão, uivados, lucidez! No grupo do lobo! Manchas negras no correr, oblíquos olhos d’alfa luz! Lobitos, lobachos uivam N’audaz firmeza d’alcateia! Onde me movo sou, rei d’equilíbrio, d’hierarquia! Sou vida, sou força! Sábia a voz que dá, espaço ao lobo p’ra viver! Floresta selvagem!
8.
Um tufo em forma de pincel na ponta das orelhas, Robustos membros, alongadas barbas, cauda curta, Castanho avermelhado o pêlo, pontas, riscas pretas, Uma espécie endémica que vamos proteger! O lince, o felino lynx pardinus, O lince ibérico nos matagais! No Vale do Guadiana a emboscar coelhos bravos O Quinde e a Quisquilla já vivem em liberdade! No centro em Silves já nasceram 136! O Fado e a Biznaga defendem da extinção. Jabaluna, a Fresa, a Juncia, a Era e a Juromenha, Hermes, Drago, Fresco, Madagáscar, os linces, Deram vida às crias que nasceram em 2020, No centro, no coração, na alma selvagem!
9.
Vaca Loura 01:52
Um segredo escondido na madeira que jaz, saproxilica espécie nos carvalhais, escaravelho amigo das florestas frondosas,o maior da Europa, Lucanus Cervus! Vaca loura, cabra loura, escaravelho, besouro ou Abadejo, a cornélia da família lucanidae! Fortes, ilustres mandíbulas, vivas Memórias de quem busca a sorte, São vigorosas espadas de machos rivais, os besouros veados! Nada se perde no ciclo da vida, Maná de raízes na terra repõe! Símbolo vivo da conservação D’ancestrais arvoredos, tão belo o seu lar! Na tua voz canta a vida se lhes dás atenção, ciência cidadã na tua mão! Faz da terra um mapa para o teu coração, Diz onde os encontras em Portugal! Vaca loura, cabra loura, escaravelho, besouro ou Abadejo, a cornélia da família lucanidae!
10.
Rios e ribeiras, charnecas, minas, matagais e bosques, lameiros, campos, nas Serras do Porto há tanta vida, para preservar, para proteger! Tritões marmorados e lagartos de água, Lusitânicas salamandras, Falcões peregrinos, corujas do mato, Joaninhas de sete pintas! Garças, guarda-rios, chapins e raposas, Borboletas malhadinhas, Noitibós, morcegos, cobras de 3 dedos, Andorinhas das chaminés! Ferreira e o Sousa são casa para lontras, ruivacos, cágados, enguias! Sobreiros e carvalhos são casa para gaios, genetas, petos e cabras louras! Pias, Flores e Banjas, Castiçal, Santa Justa e Santa Iria são as 6 serras! Um parque de Paredes, Gondomar e Valongo, Tanta beleza p’ra conhecer! Fauna e flora cantam em tons de urze e tojo Vivas aos vales, vivas às serras!
11.
Peixe gato ou peixe leão, peixe esquilo ou peixe elefante, Este é o vira do tubarão que formou associação, É que são tantos o nomes que criam a confusão, Da crise de identidade, e está aberta a reunião! Eram prá í sete e pico, oito e coisa nove e tal, E já de saída a ameijoa pé-de-burrinho, Está com crise intestinal! Na assembleia geral, a lesma banana é quem faz a acta! No conselho fiscal o veado mula a abrir a pestana, É que o coral chifre de veado não paga as quotas desde o Natal! E a rã macaco ao pé do macaco-cara-de-coruja começa a regatear: Peço a palavra ó tubarão, mais macaco que este macaco, Sou eu que de ramo em ramo pareço quase um tarzan! Mas ó menina o tarzan nem é símio nem é primata! Ó seu cara-de-coruja, deixe de ser intrusão! Cheia de pressa e híper-tensa a gazela girafa entra Com cinco moitas de arrasto diz, “exijo um terapeuta”! E responde o tubarão: O grou monge é especialista, um guru existencialista Personalista, realista, um comportamentalista! Ai, eu sapo-boi! Que vida a minha! Quem nome me deu, que lhe deu na pinha! Se me chamam boi, ó de rim tim tim, ponho-me a mugir! E é ver no charco, ó de rim tim tim, não param de rir! Peixe-crocodilo-do-gelo e a foca caranguejeira E o peixe-gato-andador não conseguem parar de rir! E o peixe papagaio começa doido a palrar! E nervoso o tubarão-peixe-gata põe-se a miar! Eram prá í sete e pico, oito e coisa nove e tal, E a lesma banana descasca-se a rir, Mas que animalesco arraial!

about

O projecto "Cancioneiro dos Animais" está dividido em duas partes. Retrata os animais segundo a inspiração poética (Bestuário, Canções para a Infância) e a inspiração didático pedagógica. Todos os textos foram criados por Ana Maria Pinto, especificamente para este projecto, como um convite para explorar o mundo fascinante dos animais de um modo divertido.

Os trabalhos trabalhos da Novaterra, Associação Cultural Arte e Ambiente distinguem-se não só pela temática da reconexão do ser humano com a natureza através das artes, como também pelo jogo tímbrico resultante da fusão do coro de crianças, juvenil e adulto.

O Cancioneiro dos Animais é também a rampa de lançamento do Estúdio Jardim da Novaterra, que pretende proporcionar às crianças, não só uma experiência artística da gravação em estúdio, como também uma experiência na Natureza, em simultâneo. Do projecto Estúdio Jardim faz também parte a Residência Artística para artistas, e sobretudo para jovens criadores e crianças.

A Novaterra, Associação Cultural Arte e Ambiente, lançou em 2020 o CD Planeta Azul, Canções para a Mãe Terra, e o Livro/CD Refúgio, A Arte de proteger a Floresta.
Em 2021 lança os 2 livros/álbuns digitais do projecto "Cancioneiro dos Animais"
Em 2022 lançará o Livro/CD digital "Cancioneiro das Flores", assim como os álbuns digitais "Roteiro Músico-Natural - Trilho Ecológico da Lipor" e "Imaginário Popular".

Conheça e apoie o nosso projecto, adquirindo a nossa música e os nossos livros!

credits

released April 11, 2021

Música e Textos: Ana Maria Pinto

Coros: Mensageiros da Natureza, Kalindi, Makawee
Solistas: Hugo Miguel Fraga, Rute Santos, Paula Gonçalves, Leonor Ramos (Répteis) Ana Maria Pinto (Aves), Gabriela Gonçalves, Mariana Vaz, Maria Miguel Marques, Catarina Viana (Peixes), Ana Clara Pessoa, Magda Valente (Invertebrados).

Piano: Ana Maria Pinto
Percussão: Márcio Pinto
Flauta Transversal: Ana Luísa Guimarães
Acordeão: Vítor Monteiro
Gaita de Foles: Cristina Machado


Captação dos Coros, Piano, Flauta Transversal, Gaita de Foles Acordeão: Emiliano Toste
Mistura e Masterização: Márcio Pinto
Produção Musical: Ana Maria Pinto e Márcio Pinto

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Novaterra, Associação Cultural Arte e Ambiente Porto District, Portugal

Criada e fundada por Ana Maria Pinto, a Novaterra, Associação Cultural Arte e Ambiente tem como objectivo a conexão do ser humano com a natureza através das Artes. Os seus 4 coros, Mensageiros da Natureza, Kalindi, Makawee e Coro da Novaterra e as diversas parcerias, fazem desta associação um núcleo multifacetado para a celebração da natureza e dos mais altos e belos valores do ser humano. ... more

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